2004-10-25

Morais Sarmento


O Ministro Morais Sarmento é, para os antropólogos e estudiosos da cultura, um objecto de estudo fascinante, pois reúne todos os defeitos do chamado homem moderno. Sarmento é seco, seguro de si, arrogante, presunçoso, convencido da sua boa fé e da sua inocência, regrado, agressivo, autoritário, egoísta, incapaz de compreender os outros, sedento de sucesso e um pouco megalómano. No debate parlamentar sobre a televisão, foi o que se viu, quando o Ministro alertou para as «perversidades» da «independência excessiva» da RTP e defendeu que deve ser o Governo a definir o modelo da sua programação, uma vez que é o Executivo que responde pelas decisões adoptadas na estação pública. Incoerências e inconstitucionalidades à parte, que competências ou legitimidade tem ele para vir agora falar de serviço público e interesse cultural? É que, excepção feita ao consumo de drogas confesso e à carreira de pugilista, não se lhe reconhece grande currículo na matéria.

2 comentários:

Flávio disse...

É verdade que sim, querida Valéria! O Salazar praticou a censura, mas ao menos produziu algumas reflexões interessantes (nomeadamente, alguns estudos excelentes de Direito Fiscal). O Morais Sarmento fica-se mesmo só pela censura.

Anónimo disse...

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