2007-09-21

Luiz Felipe Scolari

O Scolari comporta-se como uma besta e é severamente punido por isso. É a ordem normal das coisas. Tudo no universo é causa e efeito, acção e reacção.

Der Scolari benimmt sich wie eine Bestie und wird dafür schwer bestraft. Es ist die normale Ordnung der Dinge. Im Universum ist alles Ursache und Wirkung, Aktion und Reaktion.

2007-09-18

Herman José

Der beste Humorist Portugals hat auch ein Blog: Herman José.

O melhor humorista de Portugal também tem um blogue: Herman José.

2007-09-13

Países terríveis: Portugal (iii)


Se a Polónia e Moçambique são países terríveis, Portugal é simplesmente medonho. Há boas razões para não gostar dos portugueses e muitas delas estão enunciadas no livro Portugal, Hoje: O Medo de Existir, do José Gil. O próprio autor reconhece que só falou do que está mal, porque quis dar «relevo ao que impede a expressão das nossas forças enquanto indivíduos e enquanto colectividade». O seu estudo aborda o que os historiadores chamam «mentalidades» e recorre a conceitos da filosofia, da psicanálise e da ciência política. De fora, ficou a análise de obras artísticas e literárias que poderiam ter ilustrado as suas teses. Ficaram também excluídas algumas peculiaridades de linguagem que teriam sido úteis, porque o nosso atraso tem também causas linguísticas. Há duas dessas peculiaridades que vale a pena mencionar: as formas de tratamento e o eufemismo.

Os portugueses recorrem insistentemente ao eufemismo. É uma figura que suaviza o discurso: a corrupção transforma-se em cunha ou jeitinho, o aborto converte-se em interrupção voluntária da gravidez e a fome é substituída por fraqueza razoável. Quando os nossos diplomatas quiseram justificar junto das Nações Unidas a guerra colonial falaram em operação policial. Claro que o eufemismo não é um exclusivo português. Também o encontramos entre os israelitas, com o sentido de auto-crítica que é característico do humor judaico. Os ingleses também o utilizam com frequência, porque uma das maneiras de sublinharem a sua altivez é minimizarem a gravidade dos acontecimentos. Mas se o eufemismo dos ingleses é um exercício de sagacidade que os ajuda a tirar partido das circunstâncias, já o eufemismo português tem exactamente o efeito contrário: deturpa a visão das coisas e, porque um diagnóstico preciso é o primeiro passo para o tratamento de qualquer doença, contribui para o nosso imobilismo.

As múltiplas formas de tratamento são outro vício recorrente entre nós. Temos uma apetência doentia por títulos académicos – senhor doutor, senhor engenheiro, senhor arquitecto – sem paralelo lá fora e que surpreende e confunde os estrangeiros que nos visitam. Os alemães usam o seu Doktor apenas a respeito dos médicos. E entre os ingleses, o you serve para toda a gente, com ou sem protocolo: sinal de sofisticação, de simplificação democrática, como refere o saudoso Eduardo Prado Coelho no seu livro Nacional e Transmissível. Já os títulos portugueses são a marca discursiva das nossas enormes desigualdades sociais. Eles revelam a sobranceria das elites, mas também, e pior que isso, o respeito reverencial permanente das classes mais baixas. Portugal não é apenas o país mais injusto da Europa, mas também o mais resignado.

2007-09-11

Propinas (iii)

Agora que as propinas milionárias estão em pleno vigor e que acaba de ser aprovada a benesse do crédito aos estudantes, já sabemos quem sai a ganhar desta balbúrdia toda: os banqueiros, pois claro.

2007-09-09

Salazar

«Basta a ver as reacções do nosso povo diante dos grandes crimes, a que os jornais dão proporções escusadas. O primeiro movimento é de violência, de rancor, quase de ódio contra o criminoso, contra os seus maus instintos, contra a fera, etc., etc. Mas o assassino é julgado e há sempre uma figura humana que aparece na teia, ao seu lado: a companheira dedicada, a mãe velhinha, o filho abandonado… E logo se sente uma reviravolta, um movimento de compaixão na opinião pública: ‘Coitado! Pobre homem! Bem basta o que já sofreu…’ E quando é lida a sentença, quando a pena é justa mas grande, sente-se de novo, nas entrelinhas dos jornais, nos rumores do público, um movimento de violência, de rancor, quase de ódio, mas contra os juízes, contra a justiça…»

(in António Ferro: Salazar, o Homem e a Sua Obra, p. 78)

2007-09-05

Joseph Gordon-Levitt


In ein paar Jahren wird dieser Junge der neue Marlon Brando sein: Joseph Gordon-Levitt.

Dentro de alguns anos, este rapaz será o novo Marlon Brando: Joseph Gordon-Levitt.