A Polónia é um país terrível. Se todos nós desprezamos as pessoas que vivem de subsídios e à custa do trabalho dos outros, o que dizer de um país inteiro de oportunistas? A Polónia foi um resultado infeliz do Tratado de Versalhes, que redesenhou o mapa da Europa após a Primeira Grande Guerra e dilacerou o território da Alemanha vencida. Os alemães ficaram chocados com os polacos por terem aceite territórios aos quais não tinham qualquer direito histórico nem conquistaram militarmente. Isto explica a brutalidade inaudita da invasão da Polónia por Hitler em 1939. Porém, não se pense que a Polónia foi um caso de resistência heróica a um invasor desumano e com o coração «fechado à piedade», porque em matéria de crueldade e sadismo essa gente quase que suplantou os nazis. Em retaliação pela invasão, os polacos cometerem as suas próprias atrocidades: dezenas de milhares de alemães étnicos foram deportados e assassinados. O pior massacre ocorreu a 3 de Setembro em Bromberg, onde foram mortos mais de mil alemães. E durante a ocupação, nenhum povo foi tão solícito como o polaco a denunciar judeus: não porque as circunstâncias difíceis os obrigassem a isso, mas apenas a troco de vodka, fósforos e dinheiro. A proclamação da República Popular a 22.7.1944 não fez grande coisa para remediar esse carácter oportunista e avesso ao mérito individual. Mesmo os maiores nomes polacos das artes e do espectáculo – Chopin, Karol Wojtyla, Roman Polanski – tiveram de abandonar o país para serem reconhecidos.
1 comentário:
Mais uma versão que fico a conhecer da 2GG
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