2005-04-21

Zazie dans le métro

«Experimentando a comida, Zazie declarou de cara que estava uma merda. Mas o tira, educado pela mãe numa sólida tradição de carne assada, a viúva, entendida em batatas fritas autênticas, e Gabriel, acostumado com os pratos estranhos servidos nas boates, aconselharam à menina que ficasse quieta, assumindo o silêncio covarde, que permite aos donos de restaurantes de terceira categoria corromper o gosto público no plano da política interna, e, no plano da política externa, falsificar, para estrangeiros, a magnífica herança que a cozinha francesa recebeu dos gauleses, a quem também devemos, aliás, como todos sabem, as calças compridas de boca larga, a industrialização dos barris e a arte não-figurativa.»

(in Raymond Queneau: Zazie no Metrô, tradução de Irène Monique Harlek Cubric, Rocco, Rio de Janeiro, 1985)

4 comentários:

Anónimo disse...

Boas é verdade a proposito do teu comentário também achei muito boas as palavras do Miguel Seabra nos Globos de Ouro. São palavras de força e de animo para qualquer um. Beijos Bom fim-de-semana.

dragão disse...

Existe também uma tradução portuguesa, de Alexandre Rodrigues, Portugália Editora.

BlueShell disse...

Um jinho GANDE de bom fds cheio de cravos lindos..
BShell

BlueShell disse...

Mas...tem algum jeito passar o 25 de Abril de cama com o diabo de uma amigdalite???