2004-12-16

Pi


«Um: a matemática é a linguagem da Natureza. Dois: tudo à nossa volta pode ser representado e compreendido através dos números. Três: se se representar graficamente os números de qualquer sistema, começam a surgir padrões. Por conseguinte, há padrões em todo o lado na Natureza. Provas: os ciclos das epidemias, o aumento e decréscimo das populações de caribus, o ciclo das manchas solares, o nível das águas do Nilo. E que dizer então do mercado bolsista? O universo de números que representa a economia global. Milhões de pessoas envolvidas, biliões de mentes, uma vasta rede pulsante de vida: um organismo, um organismo natural. A minha hipótese: dentro do mercado bolsista, também existe um padrão. Mesmo à nossa frente. Oculto por detrás dos números. Sempre existiu.»

2 comentários:

SK disse...

Grande Filme.
Pesadíssimo, ou não fosse Aranovsky, mas ainda assim gostei muito.
Só o final parece um pouco sem saída, embora não se prevesse outra ideia que não o fim do talento que acabava por ser sempre uma maldição, julgo eu.

Abraços

Flávio disse...

O filme é pesado, sem dúvida, mas mesmo assim é um lenço de seda se compararmos com o Requiem For A Dream. Quanto ao final do Pi, também concordo contigo quando dizes que não é nada de surpreendente: é a velha história da punição da hybris das tragédias gregas.

Um abraço e bom ano, Stephen!