Será que na vida, assim como na escrita de um filme, as normas devem ser sempre escrupulosamente observadas? Qual é afinal a importância das normas poéticas na escrita de um argumento de cinema? Esta é a grande questão teórica de que se ocupa este pequeno filme e que aflige o seu jovem casal de protagonistas em ruptura: ela, Alexandra, é uma argumentista rebelde e falhada; ele, David, é um médico íntegro e rígido seguidor de todas as regras, ao que atribui o seu grande sucesso profissional. Ambos discutem violentamente o guião de um filme intitulado As Normas e a briga logo resvala para o namoro dos dois. Como resultado, Alexandra deixa o apartamento e a relação de ambos e sem intenções de regressar a uma e a outro. Nessa mesma noite, o acaso leva David a cruzar-se com Solange, uma prostituta brasileira, e o seu proxeneta Tóni, que ela acabou de esfaquear. David será então forçado não só a salvar as vidas de ambos, mas também a confrontar-se com um dilema: telefonar às autoridades para denunciar Solange, conforme lhe impõem as normas da sua deontologia profissional, ou obedecer ao imperativo do seu coração, cada vez mais fascinado pela brasileira. O pragmatismo e integridade da sedutora Solange levam-no todavia a reformular as suas próprias convicções a respeito das mulheres, do amor e do cinema. No final, David faz um telefonema, sim, mas para deixar um recado apaixonado à sua Alexandra.
4 comentários:
Viva, Carne!
Obrigado pelas tuas palavras, que eu subscrevo. Apenas um esclarecimento: a Alexandra não deixa o David só por causa do cinema, ela limita-se a aproveitar a deixa das normas sobre guionismo para lhe lançar à cara todas as queixas, já antigas, a respeito da sua postura demasiado rígida e ortodoxa na vida.
Concordo que o tema da importância das normas na escrita de um guião não interessará à generalidade das pessoas. No entanto, creio que é uma questão fundamental e apenas uma parte do filme. Ademais, mesmo os leigos nestas coisas de cinema terão motivos de interesse em As Normas, pois poderão apreciar uma história de facadas e ciúmes. Neste filme, procuro agradar a todos.
Uma das muitas falhas deste As Normas é a falta de clareza. Os dilemas estão lá (David vai manter-se fiel a Alexandra ou ceder aos avanços de Solange? Vai denunciar Solange ou desobedecer às normas da sua profissão? Vai ou não reatar com Alexandra?), mas não me parece que da melhor forma. Por exemplo, no caso de O Porteiro, as coisas são mais claras e eficazes: o protagonista tem que superar um adversário de 1 metro e oitenta para entrar no bar. Simples. Em As Normas, tudo é palavroso e os conflitos do protagonista têm que ser explicadinhos.
Outra das falhas é que as razões da evolução operada em David não são muito claras. OK, David deixa-se seduzir por Solange e admira o seu pragmatismo, mas será que isso é uma razão suficiente para uma mudança tão radical na sua postura?
Ok, aqui vai uma ideia nova.
Logo depois de David ter salvo o agonizante Tóni, Solange decide oferecer-lhe um copo de café... condimentado com soporíferos! Fá-lo porque sabe que David vai denunciar este caso à polícia, como é a sua obrigação profissional de médico: por isso, ela quer eliminá-lo temporariamente e arranjar tempo para poder fugir com o chulo (que é também o homem que ela ama).
Eu sei que a ideia da chávena envenenada é um cliché, mas é um cliché que funciona. Senão, vejamos:
a) Adiciona suspense (será que ele vai beber ou não?)
b) Adiciona humor (quando David sente o efeito do soporífero, cai redondo no chão, como um saco de batatas!)
c) Ajuda (um pouco) a explicar o character arc do protagonista e o seu regresso aos braços de Alexandra, que é o grande problema deste argumento.
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