«Os Portugueses assumiram o controlo de Cochim em 1502 e de Goa em 1510. Em Cochim, os rajás locais conseguiram proteger os Judeus durante cento e cinquenta anos, até 1662, quando, durante a guerra luso-holandesa, os Portugueses massacraram muitos Judeus e forçaram outros a fugir. Quando Vasco da Gama chegou a Calcutá, em Kerala, disse ao governador local, o Samorim: 'Os Judeus mataram o nosso Salvador. Por isso, livra-te deles.' O Samorim fingiu dar aos Judeus uma tareia monumental e disse-lhes: 'Quando esta praga desaparecer, podeis voltar.'
Na Goa portuguesa, os Judeus não encontraram outra protecção contra o Catolicismo Romano senão a conversão ao Cristianismo, mas em 1560 os Portugueses impuseram no território os rigores da Inquisição, que começou por queimar os Judeus que se tinham convertido. Dezassete anos antes, no porto de Cranganore, os Muçulmanos tinham-se juntado aos Portugueses para massacrarem a comunidade judaica local - um ramo da de Cochim.
Felizmente para os Judeus de Cochim, a ajuda estava quase a chegar. Em 1663 os Holandeses expulsaram os Portugueses de Cochim e ofereceram aos Judeus a protecção do seu civilizado modo de vida e tolerância religiosa. Cem anos depois, mais ou menos, em 1795, os Ingleses tornaram-se na potência predominante e também eles respeitaram a comunidade judaica, não a molestando.»
(in Martin Gilbert: Os 5000 Anos de História e Fé do Povo Judeu, Lisboa, Alêtheia Editores, Abril de 2006, p. 127)
1 comentário:
Bem visto.
voçe fez-me lembrar tudo aquilo que os Portugueses fizeram em Africa e no Brasil. Na verdade acredito que o terror continua nas ex-colonias africanas mas de outra forma, terror politico, economico e socio-cultural.
Canibalistas?!
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