Boa tarde, Flávio. Por falar em se gostar de fazer coisas interessantes, estou perante um caso que, querendo ajudar, não consigo saber como.
Trata-se de um rapaz de 18 anos que quer ser cineasta. Inscreveu-se em seis (6) faculdades que facultam esse curso, e foi aceite por todas com valores acima dos 18 vírgula qualquer coisa. Só que a família não tem posses para deixar seguir o sonho que ele persegue.
O Flávio saberá porventura de alguma solução para o José Loja, assim se chama o moço, que se possa arranjar?
Eduardo: eu sou a última pessoa que pode dar conselhos nessa área. Até hoje, só fiz uma curta-metragem, a qual ficou, aliás, uma grandessíssima merda. Sinceramente, se ele tem assim tanto talento, acho que o melhor é não tirar curso nenhum. A única utilidade dos cursos é ministrar a técnica e isso está, cada vez mais, ao alcance de qualquer um. O melhor mesmo é contactar directamente as produtoras e, como todos os grandes talentos, lançar-se de cabeça no mercado de trabalho e começar 'por baixo' (observar, assimilar, fazer contactos, etc).
já que falamos de cinema, mullholand drive é dos filmes mais cuirosos do Lynch sobre o mundo dos sonhos das mulheres. se puder entenda-o neste ponto de vista do humor do ser mais enigmático, curioso, e irresístivel do planeta: uma mulher que dorme (cobertor rosa), está em Hollywood e quer ser actriz. entende que a 'parte sexual' (a morena) atrapalha-a nesse objectivo e manda eliminá-la em mullholand drive, uma estrada anteriormente famosa. entretanto a consciência (o carro branco) salva-a. mas quem dorme percebe que não pode dixar à solta a sua parte sexual, e resolve enviar a sua 'parte social', a loira para a controlar... e então acontece a história dos sonhos de uma mulher... divertido, não acha?
Fantástico, Rob. Os filmes do David Lynch são fascinantes por isso mesmo: a sua polissemia e as variadíssimas interpretações que suscitam. Mais abaixo neste blogue, transcrevi as sete pistas do próprio Lynch para a resolução do mistério de Mulholland Drive.
7 comentários:
Boa tarde, Flávio.
Por falar em se gostar de fazer coisas interessantes, estou perante um caso que, querendo ajudar, não consigo saber como.
Trata-se de um rapaz de 18 anos que quer ser cineasta. Inscreveu-se em seis (6) faculdades que facultam esse curso, e foi aceite por todas com valores acima dos 18 vírgula qualquer coisa.
Só que a família não tem posses para deixar seguir o sonho que ele persegue.
O Flávio saberá porventura de alguma solução para o José Loja, assim se chama o moço, que se possa arranjar?
Agradecia um conselho.
(edynet@gmail.com)
Só para mandar um forte abraço
Um Abraço, Binoc!
Eduardo: eu sou a última pessoa que pode dar conselhos nessa área. Até hoje, só fiz uma curta-metragem, a qual ficou, aliás, uma grandessíssima merda. Sinceramente, se ele tem assim tanto talento, acho que o melhor é não tirar curso nenhum. A única utilidade dos cursos é ministrar a técnica e isso está, cada vez mais, ao alcance de qualquer um. O melhor mesmo é contactar directamente as produtoras e, como todos os grandes talentos, lançar-se de cabeça no mercado de trabalho e começar 'por baixo' (observar, assimilar, fazer contactos, etc).
Foi o que me pareceu à primeira vista.
Vou tentar incentivá-lo nesse sentido.
De qualquer forma, obrigado pela atenção.
Um abraço.
Flávio, isso é que foi um grande elogio, e só o descobri por mero acaso! Agradeço-te e espero que continues a ler e a comentar.
Já sabes que podes contar com a minha imparcialidade em relação ao cinema, contundência quando é preciso e devoção ao que merece.
Um grande abraço de estalar os ossos
Ricardo
já que falamos de cinema, mullholand drive é dos filmes mais cuirosos do Lynch sobre o mundo dos sonhos das mulheres.
se puder entenda-o neste ponto de vista do humor do ser mais enigmático, curioso, e irresístivel do planeta:
uma mulher que dorme (cobertor rosa), está em Hollywood e quer ser actriz.
entende que a 'parte sexual' (a morena) atrapalha-a nesse objectivo e manda eliminá-la em mullholand drive, uma estrada anteriormente famosa.
entretanto a consciência (o carro branco) salva-a.
mas quem dorme percebe que não pode dixar à solta a sua parte sexual, e resolve enviar a sua 'parte social', a loira para a controlar... e então acontece a história dos sonhos de uma mulher... divertido, não acha?
Fantástico, Rob. Os filmes do David Lynch são fascinantes por isso mesmo: a sua polissemia e as variadíssimas interpretações que suscitam. Mais abaixo neste blogue, transcrevi as sete pistas do próprio Lynch para a resolução do mistério de Mulholland Drive.
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