2006-09-26
2006-09-18
Abrupto
O Pacheco Pereira é um indivíduo interessante, mas um pouco presunçoso. Recordemos, por exemplo, a insistência com que ele se auto-intitula de intelectual, como se isso fosse uma grande coisa ou fizesse dele uma pessoa melhor que todas as outras. É muito ambíguo e vago o conceito de intelectual. Não pertence ao vocabulário corrente. O que podemos afirmar com toda a certeza é que ser-se intelectual, por si só, não é nenhuma virtude. Do nazismo ao comunismo, de Joseph Goebbels a Mikhail Suslov, não faltaram intelectuais para apoiar o exercício do poder de forma autoritária e desumana, muitos deles a emprestar-lhe voz e imagem. A intelectualidade não é garantia do que quer que seja, muito menos de lucidez.
2006-09-15
Axasteoquê?!
O blogue de cinema que eu gostaria de ter escrito: Axasteoquê?!, do Ricardo Lopes Moura. Não percam!
2006-09-04
Veritas Iustitia Libertas
Estou aqui a olhar para um boné da Universidade Livre de Berlim, no qual se pode ler Veritas Iustitia Libertas. São valores que guiam não só esse formoso estabelecimento de ensino, mas também a existência de toda esta gente de Berlim. O segredo da prosperidade da capital alemã reside precisamente aí: nos princípios e na rigidez com que os berlinenses se atêem a eles. E ainda que essa rigidez prussiana possa provocar sorrisos de escárnio entre alguns estrangeiros mais distraídos, é ela, na verdade, que faz de Berlim a grandiosa cidade que é hoje. Não é a política nem a economia ou o futebol, mas a força dos princípios. Um exemplo expressivo é-nos contado pelo historiador Jean Marabini: no final da Segunda Grande Guerra e apesar de todas as carências, não houve pilhagens em Berlim, porque semelhante coisa, diz Marabini, seria «contrária ao espírito alemão» (sic). Se isto não é prova de carácter, então eu não sei o que será.
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