2005-11-14

Jean Seberg


A rosa é a flor mais fascinante e misteriosa de todas. Notável pela sua beleza, pela sua forma e pelo seu perfume, ela é uma flor simbólica recorrente entre nós. A rosa corresponde no essencial ao que o lótus representa na Ásia, uma e outro estando muito próximos da simbologia da roda. Ela representa a perfeição completa, uma realização sem mácula. Simboliza o cálice da vida, a alma, o coração. Tornou-se uma imagem do amor e, mais ainda, do dom do amor, do amor puro.

As suas propriedades mágicas fizeram da rosa um símbolo alquímico importante. Branca ou encarnada, ela é uma das flores preferidas dos alquimistas, cujos tratados se intitulam frequentemente roseiras dos filósofos. Já uma rosa azul simbolizaria o impossível.

O encanto das rosas também seduziu os maiores poetas. Na sua Divina Comédia, Dante Alighieri evoca uma rosa celeste que reúne no Paraíso a coroa dos bem-aventurados que gozam da contemplação de Deus. Ronsard diz-nos em Ode à Cassandre que a beleza das rosas se confunde com a da própria mulher: «Mignonne allon voir si la rose / Qui ce matin avoit declose / Sa robe de pourpre au soleil...» Mas a Natureza é caprichosa que não lhe permite que viva por muito tempo: «Puis qu’une telle fleur ne dure / Que du matin jusques au soir.»

A rosa torna-se assim um símbolo da morte e da efemeridade humana.

8 comentários:

Anónimo disse...

E pelo que conhecemos melhor da Jean Seberg(A Bout De Souffle) ela é 1 rosa, embora apetecível, cheia de espinhos(talvez venenosos)...

Abraço conterrâneo!

Flávio disse...

Olha! O Turat Bartoli também é lá da terra! Um abraço!

E quanto aos espinhos (da Jean Seberg ou outros), não tenho nada contra, bem pelo contrário: acho que tornam uma relação mais picante.

Anónimo disse...

Yep, sou da Calheta! É a Madeira em força na blogosfera! É a loucura:)
Presumo que sejas do Funchal...?

Abraço!

Flávio disse...

Funchalense de gema, nascido e criado na Rua da Carne Azeda. Agora, estou a viver em Lisboa e já ando cheio de saudades dos banhos na praia da Calheta.

maria disse...

Era linda, é linda mais do que as rosas.

atomo! disse...

protagonizou duas das mais belas e 'simbolicamente eróticas' cenas do cinema entre os anos 50 e 80:
Toda a sequência de cenas no pequeno quarto (com uma análise algo fetichista nas perguntas que faz a Belmondo)em Bout De Souffle, e a misteriosa e 'analitica' cena em frente ao espelho do bar em Boujour Tristesse.

Só esses dois momentos valem uma carreira.

Anónimo disse...

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